Transformadores
Uma tensão variável aplicada à bobina de entrada (primário) provoca o fluxo de uma corrente variável, criando assim um fluxo magnético variável no núcleo. Devido a este é induzida uma tensão na bobina de saída (ou secundário). Não existe conexão elétrica entre a entrada e a saída do transformador.
VIII.1 Transformador Ideal
Um transformador ideal, como apresentado na figura abaixo, deve respeitar as seguintes premissas: 1. Todo o fluxo deve estar confinado ao núcleo e enlaçar os dois enrolamentos;
2. As resistências dos enrolamentos devem ser desprezíveis;
3. As perdas no núcleo devem ser desprezíveis;
4. A permeabilidade do núcleo deve ser tão alta que uma quantidade desprezível de fmm é necessária para estabelecer o fluxo.
N1 N2
Figura 1 – Transformador Ideal
Normalmente em um transformador real os dois enrolamentos são colocados juntos, abraçando o mesmo fluxo. Para maior clareza, representa-se na figura acima os enrolamentos primários e secundários separados, embora o fluxo seja o mesmo para ambos.
O fluxo f que enlaça os enrolamentos induz uma Força Eletromotriz (FEM) nestes (e1 e e2 da figura 1). Supondo que o fluxo varie senoidalmente, senwt m f =f e sabendo que o valor eficaz de uma tensão induzida é dada por
2
Nw
E m ef f
= , tem-se:
N w wt E wt m cos 2 cos dt d e N 1 1 1 1 = = f = f N w wt E wt m cos 2 cos dt d e N 2 2 2 2 = = f = f Onde E1 e E2 são os valores eficazes das tensões induzidas e1 e e2. Dividindo-se as equações tem-se: e e
E
E
N
N
2
1
2
1
2
1
= =
Eletrotécnica Geral – VIII. Transformadores
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Ou seja, as tensões estão entre si na relação direta do número das espiras dos