caverna de platão
Quando uma das perguntas mais fundamentais da vida moderna pega você sentado à mesa de um restaurante japonês, não há dúvida. Quase ninguém é capaz de trocar o “coma-o-quanto-quiser” pelas porções de seis rolinhos, mesmo sabendo que, no rodízio, os sushis são preparados de forma tão mecânica que desapontariam qualquer sushiman que se preze...
Além do preço barato, a variedade de itens é sempre um grande atrativo em um restaurante que serve rodízios. A possibilidade de provar um pouco de cada sabor, de tudo que for oferecido, independente da qualidade, gera um consumo alimentar que vai muito além dos conceitos de fome e saciedade. “Nessa modalidade de serviço, os alimentos são servidos em pequenas porções e com intervalos de tempo programados, entre uma porção e outra. Essa prática favorece o consumo excessivo, uma vez que não há a identificação visual do total de alimentos servidos. Em geral, uma pessoa que consumiria três fatias de pizzas em pizzarias tradicionais, é capaz de consumir mais de 10 fatias num rodízio”
Comer pequenas porções de vários alimentos, em um curto espaço de tempo, gera um comportamento alimentar inadequado, onde as pessoas passam a comer por impulso e não mais por fome e continuam a comer até sentirem-se mal. “Quase sempre o mal estar gástrico é o responsável pela interrupção do consumo alimentar e não a saciedade, que seria o processo natural do corpo humano. Num rodízio, as pessoas deixam de sentir saciedade ou passam a senti-la só quando comem em grande volume, resultando em um óbvio aumento de peso”
CALORIAS ALÉM DO RECOMENDADO
“Somado ao consumo excessivo de alimentos, ao desequilíbrio entre fome e saciedade, está o total calórico consumido. Mesmo em um restaurante onde encontramos comidas mais saudáveis - como em rodízios de comida japonesa - o total de calorias ingeridas pode ser assustador, por exemplo: 10 unidades de sushi de salmão + 10 unidades de sushi de atum + 5 fatias de sashimi de salmão + 2 temakis + 6