Transferência
O conceito de transferência é fundamental, é a partir dele que se dá o tratamento analítico. Lacan afirma que, conforme a estrutura do paciente, o analista assume uma determinada posição.
Entendemos que a transferência é, num sentido mais estrito, um deslocamento do afeto para a pessoa do analista.
A transferência é um fenômeno que ocorre na relação paciente/terapeuta, onde o desejo do paciente irá se apresentar atualizado, com uma repetição dos modelos infantis, as figuras parentais e seus substitutos serão transpostas para o analista, e assim sentimentos, desejos, impressões dos primeiros vínculos afetivos serão vivenciados e sentidos na atualidade.
O manuseio da transferência é a parte mais importante da técnica de análise. Em Um Estudo Autobiográfico Freud (1925) faz uma explanação geral do mecanismo de transferência. A transferência logo que surge substitui na mente do paciente o desejo de ser curado, e, enquanto for afeiçoada e moderada, torna-se o agente da influência do médico e nem mais nem menos do que a mola mestra do trabalho conjunto de análise
Fonte: http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/transfer%C3%AAncia#ixzz2OAjuphlt
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Para Freud, a transferência seria a repetição de protótipos infantis, onde haveria um deslocamento de afeto de uma representação para outra. Neste sentido, a relação do sujeito com as figuras parentais seria revivida na relação com o analista, marcada pelas ambivalências pulsionais, ódio e amor.
A partir daí, o autor distingue duas modalidades de transferência: a positiva, que seria a transferência de sentimentos ternos e a negativa, marcada por sentimentos hostis.
Na obra de Freud, ele nos mostra que há um paradoxo com relação à transferência: ao mesmo tempo em que é um instrumento fundamental ao tratamento, se não for escutada pode transformar-se em resistência, interrompendo assim