Transferência
Em meio a tantas teorias sempre acabamos nos alimentando do criador. Rassier no texto nos faz viajar no campo da transferência, uma teoria psicanalítica elaborada por Sigmund Freud. A transferência em sua teoria traz reduções das reações e fantasias que durante o avanço da analise costumam despertar-se e tornar-se consciente, mas, substituir a pessoa anterior pelo terapeuta. Como pode a paciente se apaixonar pelo seu terapeuta, ou melhor, porque o analista faz parte desta transferência? Buscando em Freud elucidamos que o paciente é obrigado a repetir o material reprimido ao invés de recordá-lo como algo do passado. Introduzimos aqui a “Intervenção sobre a Transferência” de Jacques Lacan, que discute a questão do caso Dora. Não é possível pensar em o paciente como um objeto, como uma coisa com características a serem examinados por um cientista devidamente distanciado. A psicanálise nos traz a relação de um sujeito que está diante de outro sujeito. Paciente e analista relacionam-se e mutuamente se influenciam, trata-se de um dialogo como diz Lacan: “A psicanálise é uma experiência dialética”. No caso Dora abordada também por Rassier, Freud reconhece que o analista participa também da transferência como a paciente. Boris Pasternak poeta russo diz “Quando você não consegue olhar dentro da alma de alguém, tente ir embora e voltar mais tarde”. Sabina Spielrein uma das primeiras psicanalista do mundo esteve internada no hospital Burghölzli em Zurique onde trabalhava com Carl Gustav Jung. Estabeleceu forte relação afetiva com Jung que é mostrado no filme “Jornada da Alma” pelas pesquisas feitas por franceses em seu diário. Rassier mostra diversos autores em seu texto, cada um com estudos sobre transferência. Em 1915 Freud nos mostra o “Amor de Transferência” onde o paciente se diz apaixonado pelo analista. No caso Dora ele percebe que as exigências “só podem ser satisfeitas pelo mais dedicado aprofundamento, e não por