Tradução: História, Teorias e Métodos, Capítulos II e III, de Michaël Oustinoff

860 palavras 4 páginas
Historiografia da Tradução

Tradução: História, Teorias e Métodos, Capítulos II e III, de Michaël Oustinoff

O segundo capítulo da obra Tradução: história, teorias e métodos de Michaël Oustinoff inicia-se detalhando sobre a história da tradução no mundo ocidental e algumas diversas concepções sobre a tradução que foram construídas ao longo do tempo. Uma das concepções que o autor detalha é a época das “Belas Infiéis”, porém, o capítulo é concluído elucidando aspectos da época contemporânea da tradução. No início do segundo capítulo, o autor retrata a problemática da tradução e sua divisão primordial: a tradução de textos religiosos e a tradução de textos literários, que ambas foram encarnadas em uma única língua, o latim. É discutida a questão da fidelidade e infidelidade na tradução, comumente, há opiniões divergentes de teóricos. São Jerônimo, por exemplo, critica a versão dos Setenta por ser muito livre e correr o risco de ser infiel, por outro lado, ele exprime que quando ao traduzir religião procura não avançar palavra por palavra, mas sim, ideia por ideia, para que dessa forma, a tradução não fique mecânica. Sobre a época de “As Belas Infiéis” o autor explica que o sentido de “apropriação” foi tão forte, que as pessoas se apoderavam-se das obras de outras pessoas a ponto de mudar completamente conceitos e acrescentar ideias próprias, plagiar, fazer passar-se por autor da obra, etc. Assim, ser infiel a um texto não era um crime e a tradução não possuía barreiras, como as que existem atualmente. Oustinoff esclarece que o termo “plágio” só adquiriu sentido negativo no século XVIII, quando a originalidade recebeu valor literário. Ele explica que as fronteiras entre imitação, tradução e adaptação variam de acordo com as épocas. Sobre a época contemporânea, Michäel Oustinoff cita as três distinções que Dryden fez a cerca da tradução: a primeira é “tradução literal”, que foi intitulada por ele como “metáfrase”, a segunda é a “tradução”, que

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