Tradição x modernidade
Recentemente, as nações puderam observar o caso da condenada à morte por apedrejamento no Irã, o que levou a uma reflexão a nível mundial. Desde pessoas mais simples até líderes de grandes países, houve o questionamento do porquê destas ações ainda perdurarem nos dias atuais. Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada à morte por cometer adultério. A decisão gerou protestos em muitos países e organizações internacionais. O presidente Luiz Inácio da Silva fez um apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani. Segundo a Anistia Internacional, a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada em maio de 2006 por ter mantido uma "relação ilegal" com dois homens. Ela recebeu a sentença de 99 chicotadas por essa condenação e a pena foi cumprida. Mãe de dois filhos, a mulher de 43 anos acabou sendo julgada novamente pouco tempo depois e recebeu uma segunda condenação. Ela foi sentenciada à morte por apedrejamento. No julgamento, Ashtiani negou ter cometido adultério. A decisão da Justiça iraniana gerou protestos formais em muitos países e organizações internacionais, fazendo surgir campanhas globais para que sua pena fosse revogada. A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch foi uma das que lideraram um apelo para que o governo do Irã cancelasse a execução de Sakineh. A campanha contou com o apoio de diversas celebridades. Sabe-se que países muçulmanos sempre foram tradicionais e severos no que diz respeito às leis islâmicas, isto é, ao cumprimento de sua fé expressa no Alcorão, onde as leis do Estado estão sustentadas na religião e onde, principalmente, as mulheres são tratadas como raça inferior, sem poder se expressar muita das vezes. O Irã é um dos poucos países que ainda mantêm, após alguns milênios, uma lei que podemos encontrar ainda nos tempos do antigo testamento. Diferentemente, o