Trablaho
Em 1978, lançámos um vasto programa a que chamámos “as 4 modernizações”: modernização da indústria chinesa, da agricultura, do setor científico e tecnológico, e da defesa nacional. Para nós chineses, trata-se, num sentido bem real de uma nova revolução: e é uma revolução socialista. A finalidade de uma revolução socialista consiste em libertar as forças produtivas de um país e em desenvolvê-las. (…) Nós não queremos o capitalismo: o que nós queremos é uma sociedade socialista cuja economia seja próspera. Estamos convencidos que o sistema socialista é superior ao capitalismo (…). Num sistema socialista, uma economia de mercado e uma economia fundada na planificação da produção podem coexistir e é possível estabelecer uma coordenação entre elas.
Deng Xiaoping, 1979
Associe à China dos anos 80/90 a expressão socialismo de mercado.
Em 1978, o autor do documento, Deng Xiaoping, sucede a Mao Tsé-Tung e vai proceder a um vasto conjunto de reformas políticas e económicas, com o objetivo de modernizar o país: Em 1978, lançámos (…) as 4 modernizações: (…) indústria (…), agricultura, (…), setor científico e tecnológico, e (…) defesa nacional. Xiaoping sabia que não podia perder a carruagem da modernização que o restante Sudeste asiático já havia apanhado. Como território gigantesco que era e concluindo que, até essa data, os seus recursos não tinham sido devidamente aproveitados, Xiaoping envereda por um novo discurso político mas é suficientemente cauteloso para marcar a sua diferença relativamente ao mundo ocidental, ao capitalismo e ao liberalismo. No entanto, o novo líder chinês admite estar a dar um passo de gigante: (…) trata-se (…)de uma nova revolução (…), mas deixando um pé pousado na tradição e ideologia socialista: (…)e é uma revolução socialista. Todavia, Xiaoping fala em (…) libertar as forças produtivas (…), o que mostra, claramente, uma distanciação das velhas doutrinas coletivistas e