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O governo americano tomou uma série de medidas para impedir a disseminação da arma 'Liberator' — que pode ser impressa por qualquer um usando uma impressora 3D. A tecnologia disponível, no entanto, não justifica os temores do governo — ainda
O que assusta o governo americano é o fácil acesso ao arquivo e, por consequência, à arma. Qualquer um, independentemente do estado mental, idade ou antecedentes criminais, pode acessar um site na internet, baixar o arquivo e imprimir as peças. Na era digital, sua circulação ultrapassa fronteiras e ignora impedimentos legais. Movido pela pressão da opinião pública e pelo medo de que as armas caíssem em mãos erradas, o Departamento de Estado americano obrigou os desenvolvedores a retirarem o arquivo do ar menos de quatro dias depois de eles terem sido publicados na internet — mas já era tarde demais. Um arquivo de menos de dois megabytes — capaz de ser armazenado em um velho disquete — é a mais recente ciberameaça ao governo americano. Dentro dele estão contidas informações para qualquer um com acesso a uma impressora 3D fabricar e montar sua própria arma de fogo. Os arquivos contêm a "receita" para imprimir 16 peças de plástico, que incluem cano, gatilho, receptor e cão. Um segundo arquivo, na forma de manual, ensina o usuário a montar a pistola, encaixando as peças uma a uma, como se fosse um brinquedo infantil. "Por fim, deslize o cabo até o quadro e insira o pino de aderência. Sua Liberator está pronta para ser usada!", encerra o manual.