Trabalhos
PORCHAT, Oswaldo. “A filosofia e a visão comum do mundo”
Joel de Jesus Cruz
Segundo Porchat, “dispor-se a filosofar é compreender “tudo” que o cerca e saber como ordenar sua visão de mundo”. Saber entender os discursos dos homens e seu próprio discurso. Julgar os produtos das artes, das religiões e das ciências. Sem, no entanto, esquecer dos que filosofaram anteriormente, pois, é por isso que temos a disposição uma literatura filosófica rica e diversificada. Nesse sentido, se dispor a filosofar é também saber entender as relações filosóficas e seus discursos, considerando os problemas e soluções levantadas. Perceber no seu estudo a pluralidade de seus conflitos, porque cada filosofia emerge opondo–se as outras, impondo-se como a única correta, argumentando em causa própria.
Dispor-se a filosofar, é também, abordar criticamente os discursos filosóficos, pois estes têm como lógica a retórica. Mas, se bem argumentado, pode-se tecer um discurso a favor ou conta qualquer ponto de vista filosófico, pois, seus discursos parecem importantes para resolver os problemas que eles próprios inventaram. Deste modo, o autor ver os discursos com certa desconfiança entendendo que são meros brinquedos dos filósofos com a linguagem e da linguagem com os mesmos, sendo ai, o momento que desespere a filosofar buscando um discurso critico, pois não deseja continuar procurando respostas aos problemas das próprias filosofias.
Nesse sentido, Porchat propõe um regresso à vida cotidiana dos homens, valorizando o não filosofo por entender que o não filosofo consegue compreender, julgar sobre diversos pontos de vista, os fatos e as coisas que o rodeiam, embora, não produza filosofia, pois esta usa uma linguagem distinta e propõem um olhar que tenta decifrar, analisar e compreender esses fatos e essas coisas.
“Porchat, portanto, propõem uma ruptura, ou seja, sai do pedestal filosófico e inseri-se no mundo humano”, mostrando-se insatisfeito com os métodos e