Trabalhos
Na nossa vivência cotidiana estamos expostos a inúmeras situações em que não ficamos indiferentes diante delas, isto é, sempre que nos deparamos com elas somos sensibilizados a fazer um “juízo de valor”, a valorar (dar valor), classificá-las como: boas, aceitáveis, ou não aceitáveis, enfim, admiramos ou desprezamos tais ações.
Os exemplos de tais situações são inúmeros. Vamos elencar alguns: furar fila, achar um amigo numa repartição pública para resolver o nosso processo de forma mais rápida, (aos amigos tudo, aos inimigos a lei...), parar em fila dupla no transito, etc..
Assim, ao constatarmos a realidade das coisas, fazemos juízos de realidade: esta caneta é bonita, este computador é novo, Maria saiu da sala, etc.
Consequentemente, fazemos também juízos de valor tais como: esta caneta é a melhor do mercado, esse computador é melhor que o seu, Maria não deveria ter se ausentado antes da aula terminar, etc.
Valor é essa capacidade que temos de caracterizar as coisas segundo nossa visão do mundo, segundo nosso ponto de vista, lembrando que ponto de vista é sempre a vista de um ponto.(L. Boff)
Os valores não existem por eles mesmos, somos nós, que individualmente ou coletivamente (social) atribuímos valores as coisas, as situações, tanto as reais como as que não possuem um realidade material.
Quando valoramos, isto é, quando atribuímos valor a uma determinada situação ou coisa, estamos interferindo na realidade, significa que não estamos sendo indiferentes ao mundo que nos rodeia, essa é a principal característica do valor: a não indiferença diante do mundo.
E a indiferença só não ocorre porque somos afetados pela situação ou pelo objeto. Se a caneta não escreve, à achamos ruim, se o computador é lerdo,