Trabalhos
Conceito
O termo choque foi usado pela primeira vez pelo médico-cirurgião francês Ledran em 1743. Guthire, médico-cirurgião inglês, em
1815, volta a referir-se ao choque em On Gunshot Wounds of the Extremities. Em 1872, Gross descreveu choque como "uma intensa ameaça à maquinaria da vida". Por definição, choque é uma síndrome clínica onde a perfusão tecidual é inadequada e produz desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio aos tecidos. É uma síndrome onde vários processos patológicos e doenças estão envolvidos no seu desencadeamento. Na realidade, no choque há privação de nutrientes básicos celulares
(principalmente o oxigênio). Mesmo em estados hipercinéticos onde há aumento da perfusão, o metabolismo é exagerado, causando uma demanda maior de oxigênio.
Classificação: Segundo Blalock
Choque, um estado de hipóxia celular, pode ser dividido em quatro grandes áreas:
Choque distributivo (ou inflamatório)
É quando há uma distribuição de volume anormal, como séptico, anafilático, neurogênico e alguns tipos de choque endócrino e metabólico. Choque hipovolêmico
Caracteriza-se pela perda de volume plasmático; como em hemorragias, diabete insípidus e insuficiência adrenal.
Choque obstrutivo
É quando ocorre obstrução ao fluxo sangüíneo; como em tamponamento cardíaco, pericardite, embolia pulmonar e coarctação de aorta. Choque cardiogênico
É quando o índice cardíaco cai abaixo de 2 L/min/m2 e a pressão capilar pulmonar é maior que 20 mmHg. Pode ser causado por doença miopática ou mecânica cardíaca; arritmias, lesões valvulares, alterações da contratilidade miocárdica e defeitos intracavitários. Embora os diferentes tipos de choque tenham manifestações características, muitas vezes seu curso é dinâmico. Quando um paciente apresenta sepse, ele tem um choque distributivo, mas há depressão miocárdica, causado por toxinas, o que determina um choque cardiogênico associado.
A terminologia empregada nas discussões que envolvem infecção é complexa, fazendo-se