Qual a importância da Igreja para o Direito Medieval? A Igreja católica era uma das principais instituições da Idade Média. Sua influência se exercia sobre todos os setores da sociedade, estava presente em cada costume e em cada ato da vida das pessoas. Regulamentava as relações entre as pessoas(casamentos, doações de feudos...), definia o que devia ser feito em cada hora: tempo de orações, de jejum, de guerra e de paz aqueles que se afastassem de suas normas sofreriam punições: penitências, exigência de peregrinações e excomunhão. Com o surgimento de novas religiões e o enfraquecimento da Igreja, foi criada a Inquisição, um tribunal religioso que julgava e condenava os acusados de heresias, aqueles que não seguiam os preceitos da igreja. Sendo tão rica e temida a Igreja detinha também grande poder político: os papas interferiam diretamente na política dos reis e imperadores. Em meio à desorganização administrativa, econômica e social produzida pelas “invasões” ou migrações germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Grande Igreja, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição. Vemos os Vândalos na África, os Visigodos na Hispania, os Francos na Gália, os Anglos e Saxões nas Ilhas Britânicas, os bárbaros (Germânicos) na Itália. Consolidando sua estrutura religiosa, a Igreja foi difundindo o cristianismo entre os povos “bárbaros”, enquanto preservava muitos elementos da cultura greco-romana. Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, servindo como instrumento de unificação, diante da “fragmentação política”. Foi a partir da derrocada do Império Romano que a Idade Média se desenvolveu economicamente e encontrou fundamentação para justificar socialmente seu discurso de poder. A sustentação política intercontinental de Roma era baseada em três pilares básicos que, ao se desfazerem, provocaram a sua