Trabalhos
O Engenho Colonial
O engenho, a grande propriedade produtora de açúcar, era constituído, basicamente, por dois grandes setores: o agrícola - formado pelos canaviais -, e o de beneficiamento - a casa-do-engenho, onde a cana-de-açúcar era transformada em açúcar e aguardente. Moagem da Cana no Engenho
O Funcionamento dos Engenhos
A produção do açúcar seguia uma lógica de funcionamento nos engenhos coloniais. Existiam duas principais formas de engenho: - Os movidos ou deslocados por força animal (que eram chamados de trapiches) - Os movidos por força hidráulica, ou seja, movidos pela água (denominados reais) Para o funcionamento dos engenhos, seguia-se uma lógica própria: as instalações das construções eram interligadas para realizar as diferentes etapas de produção e processamento do açúcar. Nenhuma das etapas de produção poderia faltar, desde a preparação da terra, plantio, colheita, corte, transporte, entre outros.
Moagem
A primeira etapa presente em todos os engenhos é a moagem da cana, quando é extraído o suco conhecido como caldo de cana ou garapa. Esse caldo é conduzido até um tanque, o parol, onde é armazenado. Engenho colonial brasileiro, operado por escravos, em ilustração do século XIX
Produção de Açúcar
Já na produção de açúcar, o caldo de cana é levado a grandes tachos de cobre, e submetido a fogo brando até atingir o "ponto", ou seja, se transformar em mel. Esse mel-de-engenho é transferido para um tanque onde será submetido a agitação, para acelerar a cristalização do açúcar. O mel, então, é distribuído em formas cônicas, dispostas em uma bancada, onde fica até esfriar. Após a cristalização, o mel excedente (não cristalizado), é extraído (por decantação), através de um orifício na parte inferior da forma. Esse mel, chamado mel-de-furo ou melaço, tem outras utilizações, entre elas, também, a fabricação de cachaça, após fermentação por alguns dias. Etapas da produção