Trabalhos
Apesar da relevância e da incidência, levantamentos da OMS indicam que o problema é negligenciado. Ao contrário de outras causas externas de óbito, como acidentes de trânsito e homicídios, o número de casos cresceu 60% nos últimos 45 anos. Leia a seguir as considerações feitas por quatro especialistas convidados pela revista Psiquiatria Hoje – Debates.
COMPORTAMENTO SUICIDA EM NÚMEROS
A cada dia, 24 pessoas suicidam-se.
Em termos de número de óbitos, o Brasil figura entre os dez países que registram os maiores números absolutos de suicídios. Foram 8639 suicídios oficialmente registrados em 2006, o que representa, em média, 24 mortes por dia. Do total de suicídios, 79,3% foram de homens, o que dá uma razão de 3,8:1 entre homens e mulheres.
A mortalidade proporcional corresponde ao percentual, do total de óbitos, devido a suicídio. Atinge 0,9% no Brasil como um todo. Entre pessoas que têm entre 15 e 29 anos de idade, o suicídio responde por 3% do total de mortes e se encontra entre as três principais causas de morte. Em Roraima e no Amapá a mortalidade proporcional por suicídio chega a ser três vezes maior que a média nacional (2,7% e 2,1%), provavelmente devido ao elevado número de suicídio na população indígena.
O coeficiente de mortalidade por suicídio fornece o número de suicídios para cada 100.000 habitantes, ao longo de um ano. No Brasil, o coeficiente médio para o triênio 2005-2007 foi de 5,1 (8,3 em homens; 2,1 em mulheres). Esse índice pode ser considerado baixo, quando comparado aos de outros países, conforme visualiza-se na figura abaixo.
Um coeficiente nacional de