RESENHA CRITICA DO FILME A GUERRA DO FOGO
Produzido em 1981, mas datado de milhões de anos atrás, o filme “A Guerra do Fogo”, dirigido por Jean-Jacques Annaud, mostra os primórdios da raça humana, logo após a descoberta do fogo, que é desejado por todas as tribos que o veem como símbolo de poder.
O fogo era, então, a maior cobiça dos indivíduos daquela época e principal motivo de ataques e confrontos, e quando é roubado de uma comunidade por outra rival, cabe ao líder e seus dois companheiros partirem para recuperá-lo. Na busca pelo tesouro roubado daquela comunidade, os homens passaram por diversas experiências fundamentais para o futuro processo de evolução, entre elas, a questão do “homem x natureza”: há, no filme, uma cena em que os 3 homens, fugindo de tigres-dentes-de-sabre, procuram proteção em cima de uma árvore e um momento em que o líder procura estabelecer uma comunicação com um mamute, oferecendo-lhe comida, mostrar entender que o meio em que homens e animais vivem pode ter espaço suficiente para os dois e que uma forma de cooperação é possível. E que mais tarde o homem tenta domesticá-los.
É bem apresentado no filme também o comportamento racional humano em desenvolvimento, principalmente no momento em que um membro do grupo que parte pela busca do fogo cospe um pedaço de carne que estava comendo, ao perceber que era carne humana; eles, portanto, tinha consciência de que o canibalismo, ou antropofagia, não devia ser praticado, diferente de outros grupos que praticavam esse infeliz costume. Quanto ao comportamento sexual, as relações entre machos e fêmeas eram realizadas praticamente da mesma maneira que os outros animais, até o casal principal do filme criar uma maneira mais humana de praticar atos sexuais, cara-a-cara. No Filme, é notável que os grupos de humanos, apesar de serem primitivos, possuem um sistema de comunicação bem desenvolvido, para os seres pré-históricos, e acima de tudo uma cultura. Cada povo possuía sua forma de se