Trabalhos

Os acidentes mortais de trabalho aumentaram no ano passado pelo segundo ano consecutivo. Em 2011 morreram 149 pessoas releva o relatório de atividade da Autoridade para as Condições de Trabalho, divulgado esta sexta-feira quando se assinala o Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho.
Mesmo assim os acidentes mortais estão longe de atingir os números negros de há uma década, em que se contabilizaram 219 vítimas mortais. Até Abril tinham-se registado 46 acidentes mortais, contabiliza a central sindical CGTP-IN.

“Considerando que em 2011 se verificou uma subida do número de acidentes em relação a 2010 e considerando que em 2011 os valores já atingidos também representam uma subida em relação ao mesmo ano, podemos tirar como conclusão que estes dois anos de crise económica têm representado, também, dois anos de crise preventiva laboral”, avalia a CGTP-IN em comunicado.

A contabilidade dos acidentes mortais de trabalho mudou o ano passado, passando-se a incluir nas estatísticas os acidentes de viagem, de transporte ou de circulação. Nos anos anteriores apenas foram considerados os acidentes mortais ocorridos nas instalações do empregador. Em 2010 registaram-se 130 acidentes fatais, e, se os critérios se tivessem mantido, no ano seguinte o valor teria subido para os 133. Em 2009 os acidentes laborais tinham feito 115 vítimas mortais, menos cinco que no ano anterior.

A maior parte dos acidentes de trabalho mortais ocorreu na construção civil, um sector que, em 2011, foi responsável por 27,4% das fatalidades. Segue-se as indústrias transformadoras com 13% dos acidentais fatais e a “agricultura, produção animal, caça floresta e pesca” com quase um décimo do total.

“Embora tenhamos assistido, nas últimas duas décadas, a um desenvolvimento notável na matéria, traduzido na diminuição do número de acidentes mortais, estes tempos de retrocesso social, de adoção da precariedade como característica generalizada do emprego e dos ataques permanentes e