Trabalhos
Nas últimas décadas tem-se presenciado a profunda modificação no pensamento, na vida, no gosto dos jovens. Com o advento de novos paradigmas perceptivos, novas relações tempo e espaço, múltiplos interesses, poderes, modos tecnológicos de comunicação, verificam-se as transformações mais variadas que se processam simultaneamente, trazendo outras relações entre os jovens, as máquinas e os sons. O ritmo de pulsação excitante e envolvente da música é um dos elementos formadores de vários grupos que se distinguem
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pelas roupas que vestem, pelo comportamento que os identificam e pelos estilos musicais de sua preferência: rock, tecno, dance, reggae, pagode, rap, entre tantos outros.
Junto a essas mudanças ocorrem outras, o que faz com que muitos se perguntem: como são os hábitos musicais dos jovens? Como está se formando o gosto musical do adolescente/jovem? Muitas vezes o som que ele ouve está associado ao volume alto, a fatos de sua vida. Dependendo das condições econômicas ele compra, grava, regrava ou empresta fita, ouve bastante rádio, numa busca de escuta musical constante, fazendo do “som” um companheiro cotidiano, sendo comum cantar e/ou dançar ao escutá-lo. Em nosso país, a maioria dos jovens não toca um instrumento musical, mas gostaria de fazê-lo, diz que “não tem voz”, mas gostaria muito de “saber cantar direito”. E assim, junto aos amigos, comentando, discutindo e apreciando inúmeras músicas, vai se formando o gosto musical do adolescente. Acompanhando os sucessos musicais, assistindo a videoclipes, escolhendo programas específicos de rádio ou televisão, escutando discos, fitas, CDs, utilizando walkman, e outros envolve-se na rede das mídias. Ele é o grande receptor das músicas da moda. Produzindo música também... mas pouco!
E como a escola lida com essas pessoas, seus alunos? É necessário procurar e repensar caminhos que nos ajudem a desenvolver uma educação musical que considere o mundo contemporâneo em suas características