Ultra-Romantismo Nas décadas de 50 e 60 do século XIX, durante o Romantismo, jovens poetas universitários de São Paulo e Rio de Janeiro reuniram-se em um grupo, dando origem à poesia romântica brasileira conhecida como Ultra-Romantismo.Essa geração foi influenciada pelo escritor inglês Lord Byron – sendo assim também conhecida como “geração byroniana”, cujo estilo de vida era imitado. Essa segunda geração da poesia romântica brasileira é marcada pela falência dos ideais nacionalistas utópicos dos nossos primeiros românticos. A oclusão do sujeito em si próprio é detectável por um fenômeno bem conhecido: o devaneio, o Oerotismo difuso e obsessivo, a melancolia, o tédio, o namoro com a imagem da morte na figura feminina, a depressão, a auto-ironia masoquista: desfigurações de um desejo de viver que não almejou sair do labirinto onde se aliena o jovem crescimento e em fase de estagnação. Enquanto o homem busca um espaço social, muitas vezes iludido quanto as possibilidades concretas de atingi-lo, o ultra-romantismo afasta-se; opta pela fantasia ao invés da realidade, entrega-se aos seus próprios fantasmas, oculta-se do mundo passando a ser ele mesmo o seu mundo. Assim o poeta sente-se liberto dos condicionamentos e feridas ao tentar adaptar-se. Entretanto, esta atitude o escraviza quando levado ao extremo: negar a vida conduz ao delírio da morte, ao excessivo egocentrismo, a nostalgia de um passado medieval, desta vez idealizado, mais nobre, menos embrutece dor. Seguem-se as ilusões deste passado, o seu culto, do qual resultam mais demônios do que anjos. O poeta consumido por suas próprias ideias torna-se “fantasma” ao invés de “eleito”, transforma-se em “suicida vitimado” pela necessidade de uma vida melhor, ima vida maior, que, no entanto, não consegue conquistar. O Ultra-Romantismo se caracteriza pelo pessimismo, sentimento de inadequação à