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Ao contrário dos primeiros movimentos protestantes que tomaram conta da Europa no século XVI, o anglicanismo surgiu em torno de questões que envolviam diretamente os interesses da monarquia britânica. A monarquia Tudor, que na época controlava o trono inglês, buscava meios para reforçar a autoridade real frente à forte influência das autoridades eclesiásticas. Tal disputa se sustentava principalmente no fato da Igreja ter em mãos uma grande extensão de terras sob o seu controle.
O anglicanismo é uma forma de cristianismo. É parte do ramo protestante da religião cristã. No mundo todo há pessoas que pertencem a Igrejas anglicanas. Algumas dessas Igrejas têm nomes diferentes, mas são todas relacionadas entre si. Juntas, são conhecidas como Comunhão Anglicana. O anglicanismo desenvolveu-se na Inglaterra, e a Igreja da Inglaterra é ainda a principal Igreja dos anglicanos.
Inglaterra, 1533. O rei Henrique 8° era casado havia 24 anos com Catarina de Aragão. Com ela, teve 6 filhos, mas só um deles, uma menina, sobreviveu. Preocupado com o futuro do trono, Henrique deixou-se encantar por Ana Bolena – uma dama educada, culta, jovem e louca para subir na vida. O rei pediu o divórcio. O papa Clemente 7° negou. E ainda se recusou a abençoar a sua segunda união. Henrique 8° não pensou duas vezes: cortou relações com Roma e se declarou o chefe de uma nova Igreja – a Igreja Anglicana.
A Igreja Anglicana foi criada quando o rei Henrique VIII separou a Igreja da Inglaterra da Igreja católica em meados do século XVI. Ele fez isso porque o papa Clemente VII se recusou a lhe conceder a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Henrique queria manter a Igreja inglesa tal como era com a única diferença de que ele seria o seu chefe, em vez do papa.
Na época, outros povos na Europa estavam rompendo com a Igreja Católica igualmente. Esse movimento ficou conhecido como reforma protestante. Algumas pessoas na Inglaterra queriam que a Igreja da Inglaterra