Trabalhos
04 ) Os axônios descendentes das várias áreas motoras, mesmo todos originados dos neurônios piramidais da lâmina 5, passam através da cápsula interna. As projeções descendentes motoras para a medula espinhal transitam pelo braço posterior da cápsula. A cápsula interna inteira parece condensar-se para formar a base do pedúnculo no mesencéfalo. Pelo fato de a cápsula interna conter tanto fibras ascendentes talamocorticais quanto fibras descendentes corticais, ela é maior que a base do pedúnculo, que contém somente fibras descendentes. Após deixarem a cápsula interna, as fibras corticoespinhais transitam na porção anterior profunda do mesencéfalo e separam-se em pequenos fascículos na ponte ventral, alguns fascículos (90 %) cruzam no bulbo caudal, formando a decussação das pirâmides (das fibras provenientes do tracto corticoespinhal lateral). Estas vias motoras descem nos cordões ventral e lateral da medula espinhal e fazem sinapse nos neurônios motores do corno anterior e nos interneurônios segmentares do mesmo segmento espinhal. A partir desta região, o impulso nervoso passará finalmente para outro neurônio, chamado 2º neurônio ou neurônio motor inferior, que deixará o forame intervertebral por intermédio do nervo espinhal e irá se projetar perifericamente até encontrar seu respectivo grupamento muscular, onde será responsável por sua contração. Lesões envolvendo o braço posterior da cápsula interna, tronco cerebral ventral e medula espinhal liberam os neurônios motores de seu controle voluntário normal, produzindo um conjunto de sinais motores comuns. Inicialmente, estes sinais incluem paralisia flácida e reflexos miotáticos reduzidos. O exame clínico mostra tônus muscular diminuído, notado pela marcada redução na resistência sentida pelo examinador nos movimentos passivos dos membros. Poucas semanas após a ocorrência da lesão, um exame similar revela tônus muscular aumentado e reflexos miotáticos exagerados. O tônus muscular aumentado é