Resenha de Artigo Intoxicação Aguda por Sulfato de Cobre
RESENHA DO ARTIGO
O cobre (Cu) é uma substância que participa de vários processos metabólicos no organismo, além de ser um importante constituinte de metaloenzimas. O metabolismo das catecolaminas e do ferro, síntese de hemoglobina, colágeno e elastina, a conversão de tirosina e melanina, síntese dos hormônios e da tireóide, proteção da bainha de mielina dos nervos e a remoção de radicais livres são alguns exemplos desses processos envolvendo esse composto.
Amplamente distribuído na natureza, o cobre é muito utilizado em herbicidas e pesticidas. Seu uso terapêutico foi abandonado ao longo dos anos pelo efeito tóxico e queimaduras cutâneas, observados em pacientes. Como já posto, no organismo humano o cobre é muito importante sendo que existem, inclusive, doenças associadas à sua deficiência. Entretanto, do mesmo modo que outras substâncias, em quantidade elevada, pode trazer sérias consequências. As intoxicações por cobre são episódios raros e frequentemente relacionados com intuito suicida ou consumo acidental.
O cobre é absorvido no estômago e duodeno e transportado pela albumina ao fígado, onde é captado e armazenado nos hepatócitos sob a forma de metalotineína. Depois, é secretado para o plasma ou excretado para a bile, sendo que a bílis é a via de excreção normal. Na circulação pós-hepática é transportado e distribuído aos tecidos ligado às proteínas (ceruloplasmina e abumina) e aminoácidos. Quando há uma intoxicação aguda, a albumina liga o cobre em excesso, formando um complexo albumina-cobre, cuja acumulação rápida nos eritrócitos causa uma severa lesão oxidativa e hemólise intravascular.
Normalmente, a quantidade de cobre hepático gira em torno de 18 a 45 miligramas por grama de peso seco. Limites que excedem 50 miligramas levam à necrose hepática e consequente liberação da substância para o sangue. O sulfato de cobre é