Trabalhos
A caracterização mais antiga das bases parte de sua ação sobre o tornassol, um indicador ácido-base que fica vermelho em ácido e azul em bases. Portanto, bases eram consideradas as substâncias que mudam para azul a cor do tornassol vermelho.1 A definição de base como uma substância que, em solução aquosa origina como ânions exclusivamente os íons hidroxila, foi proposta por Arrhenius em 1887 e adotada pela Química Clássica.1 A presença da hidroxila explica o sabor, a ação sobre os indicadores e sobre os ácidos, e a condutibilidade elétrica de suas soluções.2 A teoria de Arrhenius limita-se a substâncias que reagem em meio aquoso e não explica o comportamento básico de algumas substâncias, como a amônia, que não possui hidroxila e é gasosa nas condições ambiente.3 Em 1923, o químico dinamarquês Johannes Nicolaus Brønsted e o inglês Thomas Martin Lowry, em estudos desvinculados entre si, propuseram a definição de base como "espécies químicas capazes de receber prótons".2 Este conceito inclui, além do OH–, outros ânions, como o Cl– e até mesmo moléculas, como a água (H2O) e a amônia, indo além das substâncias contidas na definição de Arrhenius,2 tornando-se o conceito mais amplamente utilizado na descrição de reações entre ácidos e bases, como as que ocorrem na produção de biodiesel.4 No mesmo ano de 1923, Gilbert Lewis sugeriu um novo conceito, definindo como base qualquer substância que doa pares de elétrons não ligantes, numa reação química - doador do par eletrônico, formando ligações dativas.5 A definição de Lewis é mais geral e completa,4 por se aplicar também a sistemas não aquosos e a casos não previstos na teoria anterior, e é a chave para a compreensão da química dos minerais na alimentação humana.6 O termo "álcali", introduzido pelos alquimistas1 e usado como um sinônimo, pode também ser usado em sentidos mais restritos para designar bases solúveis em água2 ou um tipo especialmente forte de bases, formadas com metais alcalinos, como