Trabalhos
A primeira lavoura instalada no Brasil foi a de cana-de-açúcar, na região Nordeste. Recife, tornou-se em pouco tempo, o principal pólo exportador de açúcar para a Europa.
As plantações de cana-de-açúcar ocupavam grandes extensões de terra (latifúndios) e a mão-de-obra utilizada era escrava, principalmente a africana.
Em 1570, já havia mais de 50 engenhos no Brasil e cerca de 15 mil escravos trabalhavam nas fazendas de cana, localizadas principalmente no Nordeste. A partir daí, iniciou-se a formação de quilombos (povoação, em banto) locais onde os negros fugidos de seus senhores se escondiam.
O sofrimento no cativeiro foi o principal motivo que levou a fuga dos negros das fazendas e engenhos. Escondendo-se nas matas, os escravos fugidos fundaram seus quilombos que se espalharam do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Alguns chegaram a ter cerca de 10 mil habitantes.
O Quilombo dos Palmares, foi a maior comunidade de escravos fugidos que existiu no Brasil. Palmares, que ficava na Serra da Barriga, atual Estado de Alagoas e chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas. Era uma região montanhosa de difícil acesso e densa floresta que encobria os mocambos. Recebeu esse nome devido à grande quantidade de palmeira pindoba encontrada nessa região.
O Quilombo dos Palmares, começou a ser formado no final de 1590 e resistiu aos ataques dos holandeses, luso-brasileiros e bandeirantes paulistas até 1694, quando foi destruído.
O crescimento de Palmares, por volta de 1580, preocupava o governador da Capitania de Pernambuco. Durante um longo período, o local passou a sofrer ataques constantes. Proprietários de escravos, além do próprio governo da Capitania de Pernambuco, passaram a financiar expedições, as entradas, com o objetivo de destruir o local. Em troca, prometiam aos vencedores terras e negros. Foram realizadas cerca de 18 expedições contra a região.
Em 1678, depois de sofrer inúmeros ataques, Ganga-Zumba, primeiro grande líder de Palmares,