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A nutrição desempenha um papel fundamental na cicatrização de feridas, porque fornece as matérias-primas necessárias para o reparo de feridas e prevenção de infecções. Cicatrização depende da adequada ingestão e absorção de nutrientes, como vitaminas, minerais, proteínas e calorias. Aliado a este fato, é de suma importância os cuidados de enfermagem que perpassam pela história completa do paciente (anamnese) e a avaliação física, permitindo aos profissionais de enfermagem uma melhora e/ou manutenção do estado nutricional do paciente para evitar ou minimizar as complicações associadas a uma má cicatrização de feridas. Este trabalho tem por objetivo refletir teoricamente acerca dos cuidados da nutrição associados aos cuidados de enfermagem na cicatrização de feridas. A metodologia utilizada é uma reflexão teórica fundamentada em artigos científicos e livros que discutem acerca desta temática (LEOPARDI, 2001). Verificou-se que uma boa cicatrização depende de uma adequada ingestão e absorção de nutrientes, porém de
25% a 30% dos pacientes internados em instituição hospitalar, mesmo que bem alimentados, irão desenvolver desnutrição durante a sua estadia (GRINDEL e COSTELLO, 1996). Quando os pacientes estão gravemente doentes e desnutridos têm um aumento da incidência de doenças concomitantes, bem como um aumento de sete vezes na mortalidade (GUENTER e JONES, 1995).
Muitos estudos têm confirmado a relação entre a desnutrição e o risco de complicações, como feridas e má cicatrização quando estas já existem. A desnutrição protéica calórica (DPC) deficiência nutricional mais comum no ambiente hospitalar, altera a resposta imune do paciente, a reação inflamatória e a regeneração dos tecidos, os quais são essenciais para a cicatrização (GRINDEL e
COSTELLO, 1996). O principal local de síntese para proteínas é o fígado, um dos primeiros órgãos a serem afetados pela desnutrição protéica. Os níveis de albumina superior a 3,5 g/dl são