Trabalhos
Os primeiros prospectos de cartazes foram desenvolvidos ainda no século X por meio dexilogravuras, obtidas através da impressão de matrizes de madeira pelos povos orientais.
Na época renascentista, o primeiro cartaz conhecido é de Saint-Flour, de 1454, feito em manuscrito, sem imagens. Mas foi somente no final do século XIX que a arte de reunir textos e ilustrações numa folha de papel alcançou maior projecção ao ser propagada pelos mercadores europeus, assim como um alto grau de sofisticação pela mão de artistas plásticos da época. A integração entre produção artística e industrial é uma herança da carreira de Jules Cherét. Filho de um compositor tipográfico e aprendiz de um litógrafo em Paris, foi em Londres que estudou as técnicas mais recentes da altura. De volta a Paris em 1860, Cherét gradualmente desenvolveu um sistema de 3 a 4 cores de impressão.
O estilo de Cherét atingiu o seu auge por volta de 1880 e foi adoptado e desenvolvido por outros artistas como Pierre Bonnarde e Toulouse-Lautrec.
Reconhecido por retratar cenas da vida nocturna e do submundo parisiense, Toulouse-Lautrec, por exemplo, assinou centenas de cartazes de divulgação de espectáculos de cabaré, então reproduzidos através de pedras litográficas. Foi nas mãos de Toulouse-Lautrec, através do toque impressionista que a arte publicitária alcançou popularidade.
A litografia colorida tornou-se assim disponível no final deste século, possibiltando aos artistas da época trabalhar directamente na pedra, sem as restrições da impressão tipográfica. Este avanço tecnológico foi responsável pelo florescimento e difusão dos cartazes impressos.
» Cartaz de Saint-Flour, 1954
» Jules Chéret a mostrar o seu trabalho a Henri de Toulouse-Lautrec
» Cartaz de J. Chéret, 1895
» Moulin Rouge, Henri de Toulouse-Lautrec, 1891