Trabalhos
Entre os detidos está a bióloga gaúcha Ana Paula Maciel
O Greenpeace recorreu nesta segunda-feira da decisão de prisão preventiva que mantém 22 dos 30 tripulantes do navioArctic Sunrise detidos na Rússia, os quais foram presos após uma ação de protesto contra a exploração no Ártico. Entre os detidos está a bióloga gaúcha Ana Paula Maciel. "O recurso foi interposto perante o Tribunal Regional de Murmansk. Em relação aos outros oito ativistas (também em prisão preventiva desde o domingo), os documentos serão apresentados nos próximos dias", informou um porta-voz do Greenpeace às agências locais.
A prisão preventiva dos tripulantes do navio quebra-gelo aprisionado pela guarda costeira russa foi justificada pelo risco dos mesmos fugirem, obstruírem o trabalho dos investigadores ou seguirem articulando atividades ilegais. O Comitê de Instrução (CI) russo anunciou hoje que apresentará em breve acusações formais contra todos os membros da tripulação do navio do Greenpeace por tentar invadir a plataforma petrolífera Prirazlomnaya, de propriedade da companhia energética Gazprom.
A ação do Greenpeace, cujos ativistas queriam se acorrentar à plataforma da Gazprom, foi descrita pelo CI como "uma ameaça real à segurança pessoal dos trabalhadores da plataforma e da propriedade". "Tais ações são penalmente puníveis, independentemente de seus motivos. E os supostos fins pacíficos em nenhum caso as justificam", assinalou.
O tribunal Leninski da cidade de Murmansk considerou que os 30 tripulantes da embarcação devem permanecer na prisão enquanto a justiça russa investiga o crime de pirataria que o CI deseja os acusar. O chefe do programa ártico do Greenpeace Rússia, Vladimir Chuprov, negou que os ativistas da organização pudessem ter colocado em risco a vida dos operários da plataforma da Gazprom.
"O Greenpeace é uma organização não violenta. Se alguém arriscou suas vidas nessa ação,