trabalhos
A Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras foi criada no Rio de Janeiro pelo decreto nº
791 de 27/09/1890, aprovado pelo Chefe do Governo Provisório da República, Marechal Deodoro da Fonseca. A instituição, segundo o decreto de criação, tinha por fim preparar profissionais que atuassem nos hospícios e hospitais civis e militares, funcionando nas dependências do Hospício
Nacional dos Alienados, antigo Hospício de Pedro II (1852).
Entretanto, a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras funcionou precariamente em seus
Primeiros anos, sendo reinaugurada em 16 de fevereiro de 1905, pelo então diretor do Hospício
Nacional dos Alienados, Júlio Afranio Peixoto
O curso da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras tinha, segundo seu decreto de criação, tinha duração de dois anos, constando de noções práticas de propedêutica clínica; noções gerais de anatomia, fisiologia, higiene hospitalar, curativos, pequena cirurgia, cuidados especiais a certas categorias de enfermos e aplicações balneoterápicas; noções de administração interna e escrituração do serviço sanitário e econômico das enfermarias (art. 2º). Ao final do curso, era conferido ao aluno o diploma assinado pelo diretor-geral da Assistência Médico-Legal de
Alienados. O diploma dava preferência para os empregos nos hospitais mantidos pelo Estado e direito à aposentadoria depois de 25 anos de exercício profissional. A direção da instituição ficava a cargo dos internos e inspetoras, sob a fiscalização do médico e da superintendência do diretor geral do Hospício Nacional dos Alienados. Os dois anos compreendiam as seguintes matérias:
1º ano: noções gerais de ciências físicas e naturais; noções gerais de anatomia e fisiologia; noções gerais de higiene e patologia; enfermagem elementar; administração e organização sanitárias; ética enfermeiral;
2° ano: noções práticas de propedêutica clínica e farmácia;