Num mundo de modelos inatingíveis e enormes cargas de estresse, o apelo à conquista do amor-próprio constitui uma tentativa de auxiliar o homem a enfrentar os desafios de ter a sua vaidade ferida?
De fato, o homem é produto e produtor. Ele consome e se deixa consumir pela "igualdade" da sociedade. É um fato também que a sociedade reprime "os diferentes". Alguém que é tido como perfeito é adorado e admirado pelos outros. Assim como é difícil manter a perfeição, é mais difícil chegar até ela, e as pessoas fazem o extremo para isso.
Algumas pessoas chegam a desafiar os próprios limites físicos e psicológicos para chegar à perfeição. Porém, tanta preocupação com o perfeito leva as pessoas a procurarem métodos, nem sempre lícitos, para aumentar o ego e se esquecem dos benefícios à saúde.
"A relevância das escolhas estéticas no comportamento e no consumo das últimas cinco décadas é tradicionalmente explicada segundo dois eixos: 1) Nosso sistema produtivo, depois de promover o consumo de massa, para continuar crescendo, incentiva a diversificação do consumo; 2) Vivemos numa sociedade em que o lugar de cada um depende do olhar dos outros; portanto, a sedução estética que conseguimos exercer (graças a nossa pessoa e aos objetos que nos cercam) torna-se crucial." (CALLIGARIS, Contardo. Vida estética. Folha de São Paulo. 30/08/2007)
É válido alguém querer se sentir bem consigo mesmo, a auto-estima elevada provoca uma sensação de bem estar pessoal e faz bem ao corpo e à mente. Mas não adianta procurar meios que lhe tragam um corpo perfeito e faça mal para a sua saúde. O ideal é procurar um especialista e ter paciência, a perfeição é o que você quer e não o que