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Uma das condições associada à segurança alimentar é a cor ou raça da população. No Brasil, viviam, em 2004, em situação de insegurança alimentar grave, 11,5% da população preta ou parda, sendo que esta proporção era de 4,1% entre os brancos. Por outro lado, a população com garantia de acesso aos Alimentos em termos qualitativos e quantitativos, ou seja, que viviam em condição de Segurança Alimentar, era de 71,9% entre os brancos e de 47,7% entre os pretos ou pardos.
As diferenças na proporção de Insegurança Alimentar grave relacionadas à cor ou raça na população do Brasil se reproduziram em todas as Unidades da Federação, como pode sendo de maior magnitude nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, embora as maiores proporções de população em Insegurança Alimentar grave tenham sido verificadas no Norte e no Nordeste do País. O mesmo acontece quando se juntam os níveis de maior restrição alimentar, Insegurança Alimentar grave ou moderada .
Diversos estudos no Brasil e em outros países mostram a forte associação entre rendimento, consumo de alimentos e estado nutricional. Mais recentemente, a disponibilidade de um método e de um instrumento de medida direta da segurança alimentar no âmbito familiar permitiu estimativas da magnitude da segurança alimentar e sua associação com os rendimentos das populações estudada( IBGE).
Os dados da PNAD 2004 mostram a magnitude desta associação no Brasil, tanto em áreas urbanas quanto rurais, e, também, nas Grandes Regiões do País. Enquanto a segurança alimentar no Brasil, em 2004, estava presente, em termos médios, em 65,2% dos domicílios, ela ocorria em apenas 17,5% daqueles com rendimento domiciliar mensal per capita de até ¼ do salário mínimo. Nessa faixa de baixo rendimento, a IA moderada ou grave atingia 61,2% dos domicílios, enquanto naqueles de rendimento mensal domiciliar per capita de mais de três salários mínimos era de apenas 1% .
Viviam em domicílios em condição de