Trabalhos prontos
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Marina Gusmão de Mendonça*
Resumo: Os impérios coloniais da África entraram em colapso na década de 1950 e desapareceram nos anos 60. Somente a África do Sul manteve suas fortificações na Namíbia até 1990. A partir de então, o continente africano viu-se às voltas com a necessidade de construir os Estados nacionais que sucederiam às antigas colônias. Definidos em mapas traçados na ocasião da partilha, ou seja, ainda durante a Conferência de Berlim, em 1885, esses Estados seriam organizados com base nos fundamentos estabelecidos pelo próprio colonizador, isto é, a língua, o sistema educacional, a estrutura econômica e a administração pública. Isto significa que a dominação colonial seria substituída por países cujos territórios, além de delimitados artificialmente, permaneceriam marcados pelo subdesenvolvimento. As populações das jovens nações africanas praticamente não tiveram benefícios em termos de melhoria das condições de vida durante as últimas quatro décadas. Ademais, permanece imensa a dificuldade de desenvolvimento da própria concepção de nação entre os jovens países da África, com todo o ônus que isto acarreta para suas populações diante dos avanços do capitalismo internacional.
Palavras-chave: África, nacionalismo, Estados nacionais, descolonização.
Os impérios coloniais da África, organizados a partir da Conferência de Berlim, em 1885, ponto culminante do processo que ficou conhecido como “Partilha da África”, duraram apenas três gerações. Desde o início da década de 1950, esses impérios entraram em colapso e desapareceram nos anos 60. Somente a África do Sul manteve suas fortificações na Namíbia até 1990.
Dessa forma, o processo de independência africano durou 33 anos, sendo que a primeira nação a adquirir autonomia foi Gana, em 1957. Até 1968, quase todos os países do continente