Trabalhos feitos
O uso de embriões para pesquisas é um dos temas mais complicados da Bioética, pois envolve o estágio inicial da vida, daí a posição de quase todas as crenças religiosas no sentido de condenar essa nova abordagem. Os cientistas, contudo, apostam nas possibilidades advindas da investigação sobre as células embrionárias, vislumbrando grandes avanços no tratamento e na cura de doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer, diabetes, doenças degenerativas e cardíacas, medula seccionada, entre outras.
As pesquisas com células-tronco, envolvendo embriões, estão causando muita ansiedade nos meios religiosos, pois há necessidade de sacrificar os embriões, mesmo em fase inicial, sendo constituídos de apenas 100 células.
Religiosos de Entidades Católicas lamentam que no Brasil tenha chegado o momento em que, até no plano legislativo, a vida humana é reduzida a “objeto ou mercadoria". Julgam que os embriões humanos não são apenas material biológico, como alguns pretendem, um grumo de células, um objeto que, devidamente aproveitado, passa a ter utilidade social e valor comercial. Consideram inadmissível eliminar um ser humano para aproveitar-se de seu corpo ou parte dele, o que ocorre com a utilização das células-tronco embrionárias humanas, mesmo que a finalidade seja procurar cura para algumas doenças.
Do ponto de vista do espiritismo, a utilização de embriões em pesquisas também é rejeitada. Segundo a filosofia kardecista, basta o magnetismo dos pais e o desejo do espírito para que se dê a reencarnação. As revelações espirituais dizem que o espírito reencarnante se une ao corpo no momento da concepção, isto é, no instante da formação do zigoto ou célula-ovo, e só o espírito tem o poder de agregar matéria. Portanto, para os espiritualistas, esse processo pode ocorrer mesmo no laboratório. Em princípio, consideram que descartar um embrião fertilizado fora do útero da mãe é o mesmo que promover um aborto.
O princípio de que a vida começa no