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Sétima maior economia do planeta, o Brasil possui também 7,3 mil quilômetros de litoral que favorecem a troca de bens com outras nações, 95 milhões de brasileiros ativos economicamente e 16 milhões de empresas, que, juntas, faturaram em 2012 mais de R$ 7 trilhões. No entanto, inicia 2014 com a menor expectativa de crescimento econômico dos últimos tempos: em torno de 2%. Esses dados discrepantes entre si exigem refletir sobre que razões estariam por trás dessa baixa performance.
O ano de 2013 ficou marcado pelo anúncio de grandes planos estruturais e desacertos recorrentes na política econômica. Antigos problemas, como administração deficiente das contas públicas, excesso de burocracia, baixa produtividade da indústria, alta carga tributária e infraestrutura ineficiente saltaram ainda mais aos nossos olhos.
Além disso, o Brasil estacionou em suas relações comerciais, desligou-se das cadeias de comércio mundial e se tornou um país com baixo dinamismo exportador e produtos manufaturados defasados. Desde 2005, as exportações desses produtos para a Europa cresceram apenas 2% ao ano, bem abaixo do avanço do comércio global.
A má condução da coisa pública teve ainda fortes rebatimentos na atividade portuária brasileira em 2013 e promete deixar marcas que deverão se prolongar pelas próximas décadas. Acusados de responsáveis pelos problemas que na verdade competem a outros segmentos e que resultaram da inoperância do poder público, os portos assistiram à revogação de seu marco regulatório.
Estabelecida em 1993, essa regulação possibilitou a expansão do setor, com a abertura de livre concorrência para a prestação de serviços e a permanência de grandes investimentos privados em infraestrutura, tecnologias, equipamentos, treinamento de pessoal e gestão de processos. Até que foi promulgada a Lei nº 12.815, em junho de 2013, após conflituoso processo de discussão, no Congresso Nacional, de uma medida provisória que não convenceu nem a base