Trabalhos escolares
Antes da Cabanagem. Desde o período colonial o Pará era dominado por um poderoso grupo de comerciantes portugueses, aliado aos altos funcionários civis e militares. Contra esse núcleo que resistiu como pôde á independência do Brasil, foi desencadeados nessa ocasião um movimento com ampla participação da cama das populares. A derreta desse núcleo só aconteceu depois do envio de tropas pelo Rio de Janeiro, sob comando do mercenário inglês Grenfell. Por esse motivo, no Para, a independência foi retardada por quase um ano (agosto de 1823) em relação á sua proclamação oficial (setembro de 1822). Na luta contra os portugueses destacou-se o cônego Batista de Campos, que obteve grande prestígio entre a massa miserável que habitava as choupanas á beira dos rios: os cabanos. Contudo, a independência pouco significou para as camadas populares que lutaram por ela. Os seus lideres, como Batista Campos e Malcher, foram marginalizados do governo provisório. Sentindo-se traído, o povo se revoltou, exigindo a participação de seus lideres. A resposta do poder central não tardou: uma violenta repressão foi desencadeada sob a chefia do mesmo Grenfell, que segundo o historiador Nelson Werneck Sodré "prendeu Batista Campos, fuzilou muitos nativos e meteu trezentos prisioneiros no brigue Palhaço, no porão, escotilhas fechadas, atirando cal sobre eles. Dois dias depois, aberto o porão, foram retirados os cadáveres dos bravos paraenses, sacrificados por um mercenário em sua luta pela liberdade e pela independência”.
Novas Agitações - O ciclo das agitações populares reapareceu com a abdicação. As autoridades provinciais nomeadas pela regência foram contestadas. A falta de firmeza da regência piorou as coisas, estabelecendo um clima de grande instabilidade. Destacou-se nas agitações, Batista Campos, que em 1832 conseguiu sublevar a comarca do Rio Negro (Amazonas) e impor a sua política ao presidente da província, Macha do de Oliveira.