Trabalhos De Kepler
Seu interesse pela astronomia surgiu em Tübingen. De formação religiosa, pretendia tornar-se pastor protestante, mas acabou aceitando a cadeira de matemática em Graz, fato que, mais tarde, ele atribuiria à providência divina.
Órbitas elípticas
Apesar de suas convicções cristãs, inclina-se desde o início para as idéias de Copérnico, aderindo ao sistema heliocêntrico do universo, em contraposição à teoria oficial da Terra como centro imóvel do cosmo.
Suas observações levam-no a convencer-se da existência de uma força que conserva os planetas em suas órbitas ao redor do Sol. É o que procura provar em sua obra Primeiras dissertações matemáticas sobre o mistério do cosmo, de 1596.
Fruto de suas constantes observações do planeta Marte, Kepler publica, em 1609, uma de suas obras fundamentais: Nova astronomia. Impressionado com a variação dos movimentos de Marte e estudando os trabalhos de Brahe, ele chega a uma conclusão que rompe com as opiniões de um milênio de estudos astronômicos: os movimentos dos astros celestiais são elípticos e não, como se imaginava, circulares.
As três leis de Kepler
Duas das três leis que passariam a ser conhecidas pelo nome do astrônomo foram publicadas em Astronomia nova. A terceira se encontra no livro Sobre a harmonia do mundo, obra que, cinqüenta anos depois, permitiria que Newton descobrisse a lei da gravitação universal.
As três leis de Kepler podem ser assim resumidas:
1ª) as órbitas dos planetas em torno do Sol são elipses, nas quais o Sol ocupa um dos focos;
2ª) no movimento de cada planeta, as áreas varridas pelo raio vetor que une o planeta ao Sol são proporcionais ao tempo gasto para percorrê-las;
3ª) os quadrados dos tempos das revoluções siderais dos planetas são proporcionais aos cubos dos grandes eixos de suas órbitas. Em sua época eram conhecidos apenas seis planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno.
Depois de Sobre a harmonia do mundo, Kepler se dedica à preparação de um mapa que