Trabalhos de filosofia
As sociedades tradicionais e modernas
Este módulo procura discutir as características de sociedades tradicionais e modernas, procurando apresentar e contrastar as peculiaridades de cada uma delas. Um segundo objetivo é o de promover um debate sobre o processo de modernização da sociedade brasileira nas últimas décadas, aqui escolhida como um exemplo privilegiado, dada a velocidade e a intensidade das transformações que nela ocorreram. Segundo Shapin (2008), modernidade é nada mais nada menos do que o predomínio da objetividade sobre a subjetividade, do individual sobre o institucional, da regra sobre o espontâneo. Numa visão weberiana, o conceito envolveria a predominância do espírito calculista, a idéia de desencantamento do mundo (isto é, a perda do poder da magia e da religião como fontes explicativas da realidade), a racionalidade instrumental, a dominação burocrática, elementos frequentemente associados ao desenvolvimento do capitalismo. O aparecimento da modernidade, ou das chamadas “sociedades modernas”, iniciou-se no século XVI na Europa, intensificando-se nos séculos XVII e XVIII e consolidando-se no final dos séculos XVIII e XIX. Trata-se de uma época de muitas mudanças nas esferas política, econômica, social e cultural, com impacto expressivo sobre a forma como as pessoas viviam, trabalhavam e se relacionavam. Estamos falando da época do Renascimento, da Reforma Protestante, da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Essas mudanças intensificaram-se e espalharam-se pelo mundo, mantendo-se em diferentes países, em graus diferenciados. O Renascimento diz respeito à revalorização dos ideais humanistas e naturalistas, que provocaram grandes efeitos nos campos da arte, dos valores e, principalmente, da ciência. Como um dos valores centrais do Renascimento, o humanismo atribuía importância crucial à capacidade do ser humano, em especial ao poder da razão. Ele estava ligado à introdução de um método de compreensão da