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INTRODUÇÃO Neste trabalho procurei relacionar o artigo “O Brasil das desigualdades: 'questão social', trabalho e relações sociais” da autora Marilda Vilela Iamamoto, com os textos da 1ª unidade da disciplina Processos de Trabalho e Serviço Social 1. O artigo busca caracterizar a questão social na era das finanças, indicando suas repercussões na área do trabalho. No final é apresentado os desafios do Serviço Social e das políticas sociais no Brasil, os quais tensionam seu projeto ético político.
DESENVOLVIMENTO
Segundo Netto (1996), a globalização econômica esta estritamente ligada à financeirização do capitalismo, e à articulação supranacional das unidades produtivas. Muitas vezes a globalização é caracterizada por apelos ideológicos positivos, porém como aponta Boschetti (2011), ao refletir sobre seus efeitos percebemos sua face perversa, por gerar "impactos destrutivos no emprego, nos salários, nos sistemas de proteção social, na concentração de riqueza e na socialização”.
As consequências desse processo vem atingindo as condições de vida dos trabalhadores, assim como seu acesso aos direitos, como afirma Boschetti (2011) “a abertura das fronteiras e a competitividade entre os países são apontadas pelos liberais como os principais responsáveis pela desestruturação do mercado de trabalho” (p.72). No Brasil, as medidas modernizadoras segundo Iamamoto (2013), alargam a distância entre ricos e pobres radicalizando a questão social, pois suas políticas são destinadas a restaurar e consolidar o poder do capital, privatizando lucros e socializando custos.
A questão social é indissociável da sociabilidade da sociedade de classes e seus antagonismos constituintes, envolvendo uma arena de lutas políticas e culturais contra as desigualdades socialmente produzidas, com o selo das particularidades nacionais, presidida pelo desenvolvimento desigual e combinado, onde convivem coexistindo temporalidades históricas diversas. A gênese da “questão social” encontra-se no