Trabalho
(RESUMO)
Autoria: PROF. DR. SÍLVIO MEDEIROS
LIVRO I
Proêmio da “Eneida”. O poeta dirige a invocação às Musas:
“As armas canto e o varão que, fugindo das plagas de Tróia por injunções do Destino , instalou-se na Itália primeiro e de Lavínio nas praias. A impulso dos deuses por muito tempo nos mares e em terras vagou sob as iras de Juno, guerras sem fim sustentou para as bases lançar da Cidade e ao Lácio os deuses trazer _ o começo da gente latina, dos pais albanos primevos e os muros de Roma Altanados.
Musa! recorda-me as causas da guerra, a deidade agravada; por qual ofensa a rainha dos deuses levou um guerreiro tão religioso a enfrentar sem descanso esses duros trabalhos?” (p.9)
Assim tem início o canto sobre a saga do herói Enéias na “Eneida”. Primeiro o poeta Virgílio canta as glórias do pio Enéias, em seguida faz a invocação às Musas. A divindade inimiga do herói é a deusa Juno (esposa de Júpiter e mãe de Marte), dona das terras da Itália, além de protetora da cidade de Cartago, ao norte da África. Com efeito, para a deusa, Enéias é um invasor que deve ser combatido; apesar de Juno conhecer, desde o início da épica, as tramas que as Parcas já haviam tecido contra os inimigos do herói troiano: “Juno potente, a sangrar-lhe no peito a ferida, conversa consigo mesma: _ Aceitar o fracasso no início da empresa, sem conseguir afastar dessa Itália o caudilho troiano?...” Em meio a outros pensamentos contra o herói troiano, Juno “baixa até à pátria dos ventos furiosos, a Eólia chamada, dos Autros feros”, e súplice roga a Éolo, pai das tempestades, que impeça o avanço das frotas troianas sobre o território italiano. Prontamente a deidade é atendida por Éolo: os ventos reunidos tornam negro o dia e a tormenta desaba sobre o mar. Enéias aterrorizado com tal cenário, exclama: “_ Oh, três vezes e quatro felizes os que morreram à vista dos pais, sob os muros de Tróia!”, lamentando, desse modo, não ter também