O acidente de goiânia – césio 137
Cuiabá – MT
2010
Centro Universitário Cândido Rondon – UNIRONDON
Introdução
O presente trabalho foi elaborado com a finalidade de compreender e esclarecer a tragédia ocorrida em Goiânia, no ano de 1987. Foi classificado como uns dos piores acidentes no mundo desencadeado pelo manuseio incorreto de lixo nuclear.
Relatamos todos os acontecimentos e pessoas envolvidas durante esses vinte anos de descaso da saúde pública e as situações atuais em que eles se encontram.
Acidente de Goiânia
A cápsula de Cloreto de Césio fazia parte de um equipamento hospitalar utilizado para radioterapia que usa o césio para irradiação de tumores, ou materiais sanguíneos (sangue e plasma sanguíneo). O irradiador havia sido desativado e se encontrava abandonado. Dois catadores de sucata chamados Roberto dos Santos e Wagner Mota invadiram o prédio abandonado e observaram um volume muito pesado, constatando ser uma peça composta de chumbo e metal, os dois ficaram empolgados com o valor que poderiam receber pela venda do equipamento.
Eles tentaram quebrá-la ali mesmo, mas não conseguiram. Mas separaram o aparelho em duas partes. Pegaram a parte menor, juntamente com a cápsula de Césio que era acoplada na extremidade da peça, e a transportaram em um carrinho de mão para a casa de Roberto.
Eles tentaram abrir a peça à marretadas, mas só conseguiram desobstruir um pequeno orifício, que era vedado por um material menos resistente. Os dois amigos começaram a passar mal e não sabiam o motivo de estarem doentes. Cinco dias depois, eles resolveram vender a peça para o ferro-velho de Devair Ferreira. Dois empregados do ferro-velho conseguiram desmontar a peça e deixaram os pedaços em uma prateleira.
À noite, Devair descobriu que a peça tinha um pó que emitia um brilho azul no escuro. Ele ficou fascinado pela descoberta e resolveu mostrar o pó brilhante para a mulher, Maria Gabriela. Daí em diante, a peça e o pó, nada mais do que