Trabalho
O fogo, que consumia a Floresta Nacional de Brasília desde quinta-feira passada, já foi extinto; ação foi criminosa e está sob investigação
Nesta semana, aproveitando a apresentação dos dados sobre o desmatamento do Cerrado, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou: o incêndio na Floresta Nacional de Brasília, que teve início na quinta-feira passada e controlado na terça, foi criminoso e já está sob investigação. “"O incêndio na Floresta Nacional de Brasília foi criminoso, já temos provas disso", reafirmou.
Segundo Miriam Ferreira, chefe da Floresta Nacional de Brasília (Flona), o fogo que consumia a reserva desde a última quinta-feira (8) foi extinto no fim da noite desta terça-feira (13). Diante da nova situação, o número de bombeiros na unidade foi reduzido e eles fazem agora apenas o monitoramento das áreas atingidas. Dos veículos utilizados no combate às chamas, apenas dois carros-pipas permanecem de sobreaviso.
Quanto ao estrago na Flona, cerca de 4 mil dos 9.351 hectares da floresta foram consumidos pelo fogo. A área 1, com 3.351 hectares e maior quantidade de remanescentes de fauna e flora do Cerrado, foi a mais atingida, com 75% dos limites consumidos. Além dela, outras duas zonas da reserva – a 3 e a 4 – sofreram com os incêndios.
De acordo com Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apesar de não ter sido encontrado artefato usado para provocar o incêndio na Flona, há outras provas de que a ação foi criminosa. "O nosso pessoal em campo identificou pessoas provocando os incêndios dentro da unidade. Nós os perseguimos, mas eles conseguiram fugir."
Para Mello, conflitos em relação à ocupação da terra podem ter motivado o incêndio. “A criação de uma área a ser protegida no entorno de Brasília, onde as terras têm um valor significativo, implica em conflito de interesses. São interesses imobiliários, com certeza, e conflitos na perspectiva de implementação da