trabalho
Candidatos se propuseram a construir, mudar, implantar, estender, entre outros verbos de ações modificativas, desassociados das origens da Goiânia, de sua concepção urbanística,das origens e costumes de seus moradores. É como se eles fossem detentores únicos do direito e poder de interferir na vida urbana, na geografia, sem limites e a qualquer tempo. Todos reproduzem o discurso típico das oligarquias, ignorando ou se sobrepondo ao alcance da lei.
Ora, Goiânia é uma cidade relativamente jovem, mas com uma história rica de confrontos, revezes e conquistas, com uma vida urbana complexa o suficiente a exigir planejamentos específicos e profissionais. Como centro irradiador de mudanças no Estado, ela exige dos seus administradores responsabilidade e, sobretudo, conhecimentos muito além do domínio do discurso. Nos tempos atuais, não comporta mais aventureiros, pois as gerações futuras pagarão caro pelos seus erros administrativos.
Em setembro de 1987, quando ocorreu o desastre da cápsula de césio 137 em Goiânia, numa tentativa de purificação da cidade atingida pela radiação, processou-se um esforço combinado por parte da imprensa goiana e pelo escritor José Mendonça Teles, rumo às estratégias de consagração da memória de Pedro Ludovico. Nomearam os marcos simbólicos ligados à transferência da capital e a construção de Goiânia, homenageando o fundador.
Posterior a esse movimento, em 1995, realizou-se o Terceiro Encontro Global de Ecologia Urbana, em Campinas, São Paulo, e, ali, à Goiânia foi consagrado o título de Cidade Modelo Ambiental.
Em 2003, na atual gestão, a cidade é incorporada ao livro de registro do Iphan,fortalecendo seu status de representação do estilo Art Decó, integrando-a ao rol das