Só na segunda metade do século XIX é que este sonho começou a tornar-se possível: em 1864 o cientista James Clerk Maxwell elaborou a teoria sobre as ondas eletromagnéticas, comprovando que sons e luz se propagam no espaço através destas ondas. Demorou mais de duas décadas até que Heinrch Rudolf Hertz (1887) conseguiu comprovar a teoria de Maxwell, construindo um aparelho com o qual era possível estudar estas ondas com bastante precisão, mostrando que elas viajam pelo éter na velocidade da luz; estas ondas passaram a se chamar “Ondas Hertizianas” em sua homenagem. Os estudos de Hertz impressionaram a comunidade científica mundial da época e propulsionaram um avanço nas pesquisas da área, até que em 1896 Guglielmo Marconi descobriu o princípio de funcionamento da antena, que somado aos conhecimentos sobre a radioeletricidade possibilitou o envio de mensagens de Dover (Inglaterra) a Viemeux (França), 52 quilômetros de distância, em Código Morse, na velocidade de 20 palavras por minuto. Com mais estudos e experiências, usando uma antena instalada num local bem alto, com o nome de Detetor, conseguiu fazer a primeira transmissão transatlântica, mais de 140 quilômetros, transmitindo os três sinais do telégrafo “S.O.S.” (...---...). Estava concebida a radiotelegrafia (1899). O próximo passo para a constituição do Rádio nos princípios que conhecemos até hoje era a transmissão de sons através destas ondas. Em 1906 Reginald Aubrey Fessenden, admirador de Marconi, construiu um microfone e conseguiu incorporar sons às ondas irradiadas, se surpreendendo em transmitir sua voz e o som de uns discos de fonógrafo. A partir de então era uma questão de aperfeiçoamento; físicos e cientistas do mundo inteiro passaram a desenvolver o Rádio: Joseph John Thompson, Thomas Alva Edson, Lee de Forest, John Abrose Fleming e Erving Langmuir construíram as primeiras válvulas; a Bell Telephone System apresentou com sucesso sua primeira válvula, transmitindo do alto da Torre Eiffel, em Paris, uma