Trabalho

Neste trabalho, iremos apresentar ao leitor uma analise da obra “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente. De início iremos descrever brevemente o Humanismo, depois nos aprofundaremos na obra, destacando um dos personagens como alvo de uma critica social. Também serão analisadas as características formais e a temática explícita em sua estrutura, afim de relacionar com a época em que se presencia o Humanismo.
O Humanismo foi um movimento que se desenvolveu ao longo do século XV e marcou a transição da Idade Média para o Renascimento. Nesta época, o ser humano começou a questionar os poderes de Deus, se afastando do teocentrismo, e começando a apresentar uma visão Antropocêntrica.
Em Portugal houve produções literárias de diversos gêneros. O escritor mais importante foi Fernão Lopes que provavelmente escreveu as crônicas de todos os reis de Portugal. Na poesia, destacou-se o poeta Garcia de Resende que fez a compilação do “Cancioneiro Geral”, obra onde foram reunidas cerca de mil composições de vários autores diferentes. Na dramaturgia destacou-se Gil Vicente, autor de diversas peças teatrais e considerado o fundador do teatro português.
Gil Vicente era preso a tradições medievais, pois sua visão era teocêntrica já que defendia as virtudes cristãs como preparação para a comunhão das almas com Deus. Além disso, usava de seus textos para criticar uma sociedade portuguesa hipócrita e corrupta. Clérigos, nobres, plebeus, ninguém escapava de sua crítica.
No “Auto da barca do inferno”, os personagens são tipos sociais identificados na maior parte pela ocupação que exercem: o fidalgo, o sapateiro, a alcoviteira, o onzeneiro, o corregedor, o procurador, o frade.
O cenário é composto de duas embarcações: uma grande que leva ao inferno (segundo Gil Vicente a maioria da sociedade era cheia de vícios, portanto a barca maldita teria de ser bem maior que a do céu.) e a barca da Glória conduzida por um anjo.
O personagem escolhido foi o frade, pois julgamos ser