Atividade bimestral
Os MITOS nascem pelo medo do desconhecido. O ser humano, não sabendo explicar a origem da vida e de alguns acontecimentos do mundo, cria o MITO. Este lhe dá tranquilidade à sua desordem interna. Os acontecimentos do mundo que eram considerados como realizações divinas ou sobrenaturais, perdiam a sua base de explicação. Tornavam-se assim em problemas. Para resolvê-los o homem valia-se do meio que ele próprio desenvolveu ao criar o LOGOS, a razão.
Mito. A palavra mito tem um sentido próprio e um sentido vulgar. Vulgarmente, a sua noção está associada à ideia de alucinação, delírio, fantasia difícil de se realizar. Propriamente falando, a dimensão mítica do ser humano está vinculada à construção de sentido, sentido este que procura uma explicação para as suas necessidades vitais. Uma dessas necessidades refere-se à criação do mundo e dos seres humanos.
Logos. Nome atribuído a Jesus Cristo, peculiar ao Evangelho de João. Deus considerado como razão, a fonte das ideias na filosofia antiga, e em particular entre os estóicos, como criador que penetra todas as coisas. Verbo divino. Para os propósitos de nosso estudo, logos significa simplesmente razão.
Pode-se dizer que o mito fundamenta-se na imaginação; a razão, na explicação racional. Há dois mil anos na Grécia antiga, o ser humano começou a questionar o mundo externo, não pela via mítica, mas pela via da razão, pela explicação racional das coisas.
Na antiguidade, o nascimento da filosofia – que dava ênfase ao logos – tinha por objetivo desconstruir a visão mítica – fantasiosa – do mundo. O dualismo se fez presente. Assim sendo, o mito é atraso, a filosofia traz o progresso; o mito é treva, a filosofia é luz; o mito é obscuro, a filosofia é clara; o mito é a ignorância, a filosofia o saber; o mito é imobilismo, a filosofia representa o progresso histórico; o mito é simbologia, a filosofia constrói argumentos.
A verdade, porém, é que há uma (co) implicação