Trabalho
Ribeiro et al. (1983) caracterizam a fisionomia de cerrado como um tipo de savana, mais ou menos densa, com uma cobertura herbácea contínua, e com um dossel descontinuo de formações arbóreas e arbustivas, de galhos retorcidos, cascas espessas e, em inúmeras espécies, grandes folhas coriáceas.
Segundo Eiten (1990), o Cerrado estende-se predominantemente pelo Brasil Central e inclui a parte Sul do Mato Grosso; os estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul; o Oeste da Bahia; o Oeste de Minas Gerais; e o Distrito Federal. Estende-se também para fora do Brasil Central em penínsulas: para o Norte, cobre o Sul do Maranhão e o Norte do Piauí; para o Oeste ocupa uma faixa em Rondônia; e para o Sul constitui uma serie de áreas disjuntas que cobrem um quinto do estado de São Paulo.
Coutinho (1990) destaca que a vegetação de cerrado tem sua fenologia marcada pela sazonalidade das chuvas e é frequentemente queimada, tanto por fogo dito natural quanto provocado.
A morfologia da paisagem é marcada pela presença de grandes chapadas e encostas extensas de declive suave onde predominam latossolos (46%) e areias quartzosas (15%); são solos, em geral, de profundos ou muitos profundos, bastante permeáveis, de baixa capacidade de troca catiônica e com altos teores de ferro e de alumínio; além disso, apresentam teores de materiais amorfos. Essas áreas de chapada são entremeadas por trechos acidentados com solos de rasos ou muitos rasos, frequentemente cascalhentos e/ou muito encrostados. Esses solos, que pertencem aos grupos dos cambissolos e dos litólicos, não apresentam aptidão para agricultura, pois têm fatores