Trabalho
Bronislaw Malinowski, na introdução de seu clássico estudo Os Argonautas do Pacífico Ocidental (publicado em 1922), marcou a história da antropologia moderna ao propôr uma nova forma de etnografia, envolvendo detalhada e atenta observação participante, apesar de Malinowski nunca ter utilizado o termo. Sob sua trilha vieram outras etnografias clássicas, como Naven de Gregory Bateson, Nós, os Tikopia de Raymond Fyrth.
Principalmente a partir da antropologia interpretativa ou pós-moderna, autores como James Clifford, Clifford Geertz e George Marcus, com sua antropologia "multi sited" passaram a discutir o papel político, literário e ideológico da antropologia e de sua escrita, em esforços verdadeiramente metalingüísticos e intertextuais.
Exemplos famosos de Etnografias contemporâneas são Xamanismo, Colonialismo e o Homem Selvagem, de Michael Taussig e Os Araweté: Os Deuses Canibais de Eduardo Viveiros de Castro.
Etnografia de salvaguarda é um ramo da etnografia que se aplica na salvaguarda de registos daquilo que resta de uma cultura antes que desapareça.
Surge como prática de antropologia, sob a influência de Franz Boas (1858—1942), que desenvolve trabalho tanto na área da antropologia física como na da linguística teórica e descritiva.
Objectivos[editar | editar código-fonte]
Alguns dos objectivos da salvaguarda etnográfica incluem :
Mostrar aspectos correctos e objectivos de um modo de vida humano diferente ou particular
Fazer uma abordagem em primeira mão de uma outra língua e de outra cultura, numa visão interna.
Fazer uma abordagem holística do objecto, com o entendimento da língua, do folclore, da mitologia, da