Trabalho
Mesmo tendo certeza que graças a isso vão me chamar de velha ranzinza, decidi escrever sobre esse novo fenômeno do Facebook que simplesmente não faz sentido para mim: correntes para trocar foto de perfil.
No ano passado, as pessoas do Twitter começaram um movimento de troca de avatares por desenhos animados para celebrar a infância e relembrar os velhos tempos. Até aí, normal. O povo do Twitter adora mudar de foto toda semana mesmo, um dia é foto com bigode, no outro dia é foto fantasiado de zumbi, toda semana é uma novidade!
Mas voltando ao Facebook, recentemente houve aquela palhaçada de polegadas, que na verdade significavam o número do seu sapato, contra o câncer de mama. Detalhe, não podia explicar o que era para os homens. Agora eu te pergunto: 1) Qual a graça da brincadeira? e 2) Em que isso iria ajudar na luta contra o câncer de mama? Aí teve gente com raivinha porque dez minutos depois de a brincadeira ter começado a explicação vazou para o outro gênero e na mesma semana tentaram emplacar outra em que nós mulheres tínhamos que colocar um país que simbolizava nosso estado civil. Não faço ideia de qual era o protesto por trás desse joguinho super mirabolante, mas a graça também ficou de fora.
E quando eu vou questionar uma coisa dessas, as pessoas ainda me chamam de chata, vê se pode. Que saudade do meu Facebook de 4 anos atrás...
Eu ainda anão cresci. Eu sei que já tenho 27 anos da cara, apesar da minha mãe se achar no direito de arredondar para 30 e dos meus alunos jurarem de pés juntos que eu ainda tenho 21, mas eu ainda não cresci. Simplesmente, não consigo conceber essa possibilidade. Como pode uma pessoa ser considerada adulta se até hoje nunca nem consegui responder “o que eu queria ser quando crescesse”.
Analu criança, quero ser astronauta. Acho que nos Estados Unidos isso nem seria considerado tão estranho assim, mas por aqui todos os meus amiguinhos riem por eu ser a única que não quer ser aeromoça nem veterinária.