resenha

HOLANDA, Sérgio Buarque de. (1936) Capítulo 5 – O homem cordial. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 139 a 151.
Antigo x Moderno: rompimento

O autor defende que o Estado nasce como contraposição às relações familiares. É o triunfo geral sobre o particular. As relações familiares são superadas. Esse processo diz muito sobre a estrutura de uma sociedade.
A relação entre empregado e empregador era pessoal e direta, não havia autoridades intermediárias. Na indústria moderna, separa-se o dono do capital do trabalhador. Há grande diferenciação das funções

Pedagogia da sociedade moderna

A sociedade moderna, ao superar sua fundamentação na família, exige que as crianças sejam criadas não mais para reproduzirem, quando adultas, uma postura doméstica, e sim individualidades. Ou seja, ao passarmos de um modelo de sociedade familiar para um modelo moderno de sociedade, desvinculado das amarras familiares, isso vai se refletir no papel que os pais devem assumir nessa nova sociedade: agora, os pais não devem mais impor o medo aos filhos, tornando-os incapazes de decisões não supervisionadas pelos pais, mas antes, incentivarem as individualidades que a sociedade moderna cobrará dos filhos quando adultos, tais quais a concorrência e a iniciativa pessoal.

Histórico brasileiro. A família patriarcal.
No Brasil, a sociedade antiga/familiar era patriarcal, rural e muito opressora. O desenvolvimento da urbanização, portanto, escancara a contradição das duas formas de sociedade: a tradicional baseada na família e a vindoura que exige uma nova postura, mais independente das pessoas. O desenvolvimento da urbanização, portanto, escancara a contradição das duas formas de sociedade: a tradicional baseada na família e a vindoura que exige uma nova postura, mais independente das pessoas.
Funcionário patrimonial vs. Burocrata. A família dentro do Estado.

O autor parte da classificação de Max Weber entre o “funcionário patrimonial” e o puro burocrata. “Para