Trabalho
Jesus diz: “Se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, Ele vos dará” (Jo 16,23b). “Há algo de novo, aí – explicou – há algo que muda: é uma novidade na oração. O Pai nos dará tudo, mas sempre no nome de Jesus.”
O Senhor sobe ao Pai, entra “no Santuário do céu”, abre as portas e as deixa abertas porque “Ele mesmo é a porta” e “intercede por nós”, “até o fim do mundo”, como um sacerdote:
“Ele intercede por nós diante do Pai. Isso sempre me agradou. Jesus, na sua ressurreição, teve um corpo belíssimo: as chagas da flagelação, dos espinhos, desapareceram, todas. Desapareceram as marcas dos açoites. Mas Ele quis manter sempre essas chagas, e as chagas são precisamente a sua oração de intercessão ao Pai: ‘Mas… olhe… peça isso em meu nome, olhe!’ Essa é a novidade que Jesus nos diz. Diz-nos esta novidade: confiar em sua paixão, confiar em sua vitória sobre a morte, confiar em suas chagas. Ele é o sacerdote e este é o sacrifício: as suas chagas. E isso nos dá confiança, hein! Nos dá a coragem de rezar.”
Muitas vezes nos entediamos na oração, observou o Pontífice, que acrescentou: a oração não é pedir isso ou aquilo, mas é “a intercessão de Jesus, que diante do Pai lhe mostra as suas chagas”:
“A oração ao Pai em nome de Jesus faz-nos sair de nós mesmos; a oração que nos entedia está sempre dentro de nós mesmos, como um pensamento que vai e vem. Mas a verdadeira oração é sair de nós mesmos rumo ao Pai em nome de Jesus, é um êxodo de nós mesmos.”
Mas como “podemos reconhecer as chagas de Jesus no céu?” – perguntou-se o Santo Padre – “Onde está a escola onde se aprende a conhecer as chagas de Jesus, essas chagas sacerdotais, de intercessão? Há outro êxodo de nós mesmos em direção às chagas dos nossos irmãos e das nossas irmãs necessitados”:
“Se não conseguirmos sair de nós mesmos rumo ao irmão necessitado, rumo ao doente, ao ignorante, ao pobre, ao explorado, se não conseguirmos sair de nós