trabalho

AD1 – HISTÓRIA DO BRASIL I – 2014.1
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Em primeiro de maio de 1500 Pero Vaz de Caminha dava notícias da nova terra “descoberta” no além mar ao rei D. Manuel I de Portugal. O escritor português teria sido responsável, segundo muitos, pela confecção da “certidão de nascimento” do Brasil. Nesse famoso relato Caminha detalha as características da rica terra e dos povos nativos lá encontrados:
“A feição deles é serem pardos, [à] maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. (…) Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem em nenhuma crença. (…) E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé (…) E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. (…) Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infindas. E de tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”
(Carta de Pero Vaz de Caminha – Aula 1 – História do Brasil I)
Já no relato abaixo, em contraposição ao registro europeu de Caminha, o viajante francês Claude d’Abbeville, na História da Missão dos Padres Capuchinhos, reproduz um notável discurso de
Momboré-uaçu, um ancião tupinambá na ilha de São Luís:
“Vi a chegada dos portugueses em Pernambuco e Potiú (...). De início, os portugueses não faziam
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