trabalho
O termo "poraquê" vem da língua tupi e significa "o que faz dormir" ou "o que entorpece"1 , em referência às descargas elétricas que produz. Além deste nome, também é chamado de enguia, enguia-elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu ou peixe-elétrico (embora não seja o único peixe-elétrico existente).
É típico da Bacia amazônica (rios Amazonas e Orinoco), bem como dos rios do estado brasileiro do Mato Grosso. Também encontra-se em quase toda a América do Sul.
O poraquê ficou conhecido mundialmente por sua capacidade de produzir descargas elétricas elevadas (entre 12v para matar pequenos peixes e 22 450volts para matar predadores, até cerca de 680 amperes, não simultaneamente nesses valores), suficientes para matar até 10 cavalos que mantenham contacto entre si, despertando a curiosidade de muitos pesquisadores. Essas descargas são produzidas por células musculares especiais, modificadas – os eletrócitos, sendo o conjunto deles denominado de mioeletroplacas. Cada célula nervosa típica gera um potencial elétrico de cerca de 0,14 volt. Essas células estão concentradas na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento total do peixe.
Um exemplar adulto possui de 2 000 a mais de 10 000 mioeletroplacas, conforme o seu tamanho. Dispõem-se em série, como pilhas de uma lanterna e ativam-se simultaneamente quando o animal encontra-se em excitação, como na hora da captura de uma presa ou para defender-se, fazendo com que seus três órgãos elétricos – o de Sach, o de Hunter e o órgão principal – descarreguem.
A maior parte desta energia expressiva é canalizada para o ambiente, não afetando o